quarta-feira, 7 de maio de 2014

Motoristas e cobradores de ônibus do Rio fazem paralisação de 24 horas nesta quinta-feira

Manifestantes querem fim da dupla função, de motorista e cobrador
Manifestantes querem fim da dupla função, de motorista e cobrador Foto: Waldney Ribeiro / Extra
Andréa Machado e Rafaella Barros

Os rodoviários do Rio de Janeiro decidiram, na noite desta quarta-feira, paralisar as atividades durante 24 horas, a começar da 0h desta quinta-feira. O grupo esteve reunido, na noite desta quarta-feira, em frente ao prédio da prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Segundo representantes da categoria, o grupo aguardou até as 19h para ser recebido pela prefeitura, para falar sobre o assunto. Como isso não aconteceu, os manifestantes votaram pela paralisação.
Também nesta quarta-feira, os manifestantes foram ao Ministério Público do Trabalho no Rio (MPT) e protocolaram uma denúncia sobre as condições de trabalho da categoria e a atuação do sindicato. O grupo não concorda com o reajuste de 10% no salário, acordado entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb) e o Rio Ônibus (sindicato patronal), no dia 17 de abril. Outra reinvindicação dos rodoviários é o fim da dupla função, no caso de motoristas que também executam atividades de cobrador. Mais cedo, os manifestantes interditaram a Avenida Presidente Vargas, em frente à Central do Brasil.
Em nota, a Sintraturb afirmou que encara as manifestações como manipulação política.
— Concordo com todo o movimento que queira de verdade trazer melhorias para a categoria; inclusive estamos abertos para receber todas as reivindicações. Agora, usar trabalhadores como massa de manobra para alcançar objetivos pessoais é inaceitável — disse o presidente do sindicato, José Carlos Sacramento.
Adesão deve ser de cerca de 1% do efetivo total
Segundo o vice-presidente do sindicato, Sebastião José, a expectativa é que a adesão à paralisação de hoje seja mínima.
— Somos 40 mil trabalhadores. Se a gente considerar a adesão de 300 ou 400 pessoas, que estavam na manifestação ontem, representa cerca de 1% (do efetivo total).
Confira a a nota do Sintraturb, na íntegra:
A tentativa de paralisação que um pequeno grupo de rodoviários quer imprimir na cidade, levou o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio), Sebastião José, a esclarecer aos usuários o que foi analisado com antecedência pela direção, para que o reajuste fosse aceito pela categoria. ‘A homologação com o reajuste de 10% foi retroativa ao mês de abril, prova disso é que os profissionais já receberam esse mês seus pagamentos com o aumento. Antes de discutir o reajuste junto aos empresários, tivemos a cautela de nos certificar das negociações em todo o país. Em Porto Alegre, por exemplo, houve paralisação de doze dias sem que um acordo fosse fechado, o que acabou resultando em uma decisão do TRT local que fixou o reajuste em 7,5%, além de descontar os dias parados. Em Belo Horizonte, também houve greve, e o reajuste foi de 7%. Já Petrópolis com três dias de greve e proposta de 7% e Campos, onde os rodoviários estão continuam parados, quem vai dar a palavra final será o Tribunal Regional do Trabalho. Diante deste quadro, o sindicato não poderia rejeitar uma proposta de 10% de aumento no salário e 40% na cesta básica, correndo o risco de deixar que o TRT fixasse o valor do reajuste. Todas essas ponderações foram colocadas durante a assembleia, e a proposta do Rio Ônibus foi aprovada por ampla maioria’, explicou Sebastião. Já o presidente do Sindicato, José Carlos, vê nesse movimento uma atividade com fundo político, já que existem pessoas desse grupo com intenções de futuras candidaturas no legislativo. ‘Concordo com todo o movimento que queira de verdade trazer melhorias para a categoria; inclusive estamos abertos para receber todas as reivindicações. Agora, usar trabalhadores como massa de manobra para alcançar objetivos pessoais é inaceitável’, disse indignado”.
Procurada, a Prefeitura do Rio afirmou que não procurada oficialmente pelos rodoviários.
Já MPT esclareceu que o prazo para a denúncia ser distribuída a um procurador é de 48 horas.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/motoristas-cobradores-de-onibus-do-rio-fazem-paralisacao-de-24-horas-nesta-quinta-feira-12411825.html#ixzz315QuJOAr

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