domingo, 28 de dezembro de 2014

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Pegaso e Algarve são condenadas a pagarem R$ 10 mil por dia até a melhora dos serviços

A decisão foi da Juíza Maria Isabel Paes Gonçalves da 6ª Vara Empresarial da Capital, que julgou procedentes os pedidos formulados em Ação Civil Pública pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte em face de Viação Algarve Ltda e Expresso Pégaso Ltda.

Bancos quebrados, forros caindo, perfurações no teto, falta de manutenção e com o número de coletivos abaixo das exigências, junto ao poder público, foram os instrumentos utilizados pelo Ministério Público do Estado do Rio de janeiro, para condenar as empresas.
 
Além da multa diária (se as exigências não forem cumpridas), os usuários das linhas, podem mover ação indenizatória,por danos morais ou materias, junto as comarcas próximas as suas residências.
 
Os passageiros podem e devem continuar fiscalizando os serviços oferecidos e denunciando através do MP RJ e do site 1746, da Prefeitura do Rio de Janeiro.
 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Com frota pública e tarifa-zero, Maricá quebra monopólio dos transportes

Fonte: Blog Ponto de Ônibus


Ônibus da frota pública de Maricá, hoje a maior cidade do país a oferecer tarifa-zero nos transportes. Com serviços, monopólio de empresa foi quebrado. Nossa Senhora do Amparo continua operando.

Maricá se torna uma das maiores cidades com ônibus a tarifa-zero e quebra monopólio nos transportes
No Rio de Janeiro, município possui 150 mil pessoas. Serviços de empresa com cobrança de passagem continuam
ADAMO BAZANI – CBN
Com aproximadamente 150 mil habitantes e ao custo de R$ 700 mil por mês, segundo a prefeitura, a cidade de Maricá, no litoral do Rio de Janeiro, tornou-se nesta quinta-feira, dia 18 de dezembro de 2014, a maior cidade do País a oferecer tarifa-zero no sistema de ônibus.
A tarifa-zero, segundo o prefeito Washington Luiz Cardoso Siqueira, tem como objetivos ampliar o acesso aos transportes e quebrar o monopólio dos ônibus na cidade.
Há cerca de 40 anos, os serviços são prestados pela Viação Nossa Senhora do Amparo, que continua operando normalmente na cidade. A tarifa é de R$ 2,70 nesta empresa.
Os ônibus que transportam gratuitamente a população são de frota própria, da EPT – Empresa Pública de Transporte, autarquia responsável pelo gerenciamento e agora parte da operação do sistema.
A prefeitura, por meio de nota, explicou como é o funcionamento desta frota, que conta atualmente com dez veículos. Mas a previsão é de aumento, com a colocação no sistema de vans e micro-ônibus também do poder público, para serviços alimentadores. Com a implantação do sistema alimentador, o custo mensal de operação deve passar a ser de R$ 1,3 milhão.
“Dez veículos – equipados com ar condicionado, sensores de portas (somente trafegam com as portas fechadas) e elevadores para deficientes físicos – circulam com intervalos de 20 minutos, das 5h às 22h. No período de menor movimento (22h às 5h), os ônibus funcionam com intervalos de uma hora. Os pontos de partida são na Rua Barão de Macaúba, em frente à Escola Municipal João Monteiro, no Recanto, e na Praça de Ponta Negra (Rua São Pedro Apóstolo). Outros três ônibus funcionam como reserva e quatro encontram-se ainda em linha de montagem no fabricante. Um reboque também foi adquirido e está disponível para utilização. O investimento do município até o momento foi de R$ 4,8 milhões. O controle de passageiros nos veículos será feito por catracas instaladas na parte dianteira (os passageiros entrarão pela porta dianteira e sairão pela porta traseira). Todos os veículos possuem portas centrais com elevadores, exclusivos para embarque e desembarque de cadeirantes. A capacidade máxima dos coletivos é de 43 passageiros sentados e 43 em pé. A equipe da EPT conta com 30 motoristas e quatro despachantes, além de manobreiro (2), inspetor de tráfego (2), consultor de operações (2), consultor de manutenção (2), auxiliar de controle de frota (1), almoxarife (1) e abastecedor (1). Ao todo, 45 pessoas compõem o quadro de funcionários da autarquia municipal.” – explica a nota da prefeitura.
Os ônibus gratuitos ligam as regiões do Recanto e Ponta Negra em quatro linhas, principal eixo que corresponde a 70% dos deslocamentos na cidade.
O prefeito disse que o custeio dos transportes, incluindo a manutenção da frota pública, acaba sendo financeiramente vantajosa para a cidade. Apenas em vale-transporte de funcionários, o poder público alega que gasta R$ 400 mil, enquanto para manter a tarifa-zero, a cidade vai desembolsar R$ 700 mil. Essa diferença, acredita o prefeito, será compensada com o maior movimento na economia da cidade e com menos gatos das empresas no transporte de trabalhadores.
Os ônibus operam 24 horas por dia. Confira as linhas:
Linha 1– RECANTO X PONTA NEGRA (via Manoel Ribeiro)
– Rua Barão de Macaúba (ponto de partida em frente à Escola Municipal João Monteiro) – RJ-102 (Rua Engenho Domingos Barbosa) – Avenida do Canal – Rua João Goulart – Rua Antônio Modesto de Sá – Praça do Barroco – Avenida Zumbi dos Palmares – Rua Van Lerbergue (antiga Rua 34) – Rua Professor Cardoso de Menezes (Terminal Rodoviário de Itaipuaçu) – Estrada Carlos Mariguela – Estrada de Itaipuaçu – Travessa Campos – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Avenida Roberto Silveira – Rodoviária do Povo de Maricá – Avenida Roberto Silveira – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – RJ-118 (Estrada de Ponta Negra) – Rua São Pedro Apostolo – Praça de Ponta Negra;
Linha 2 – RECANTO X PONTA NEGRA (via Cordeirinho)
– Rua Barão de Macaúba (ponto de partida em frente à Escola Municipal João Monteiro) – RJ-102 (Rua Engenho Domingos Barbosa) – Avenida do Canal – Rua João Goulart – Rua Antônio Modesto de Sá – Praça do Barroco – Avenida Zumbi dos Palmares – Rua Van Lerbergue (antiga Rua 34) – Rua Professor Cardoso de Menezes (Terminal Rodoviário de Itaipuaçu) – Estrada Carlos Marighella – Estrada de Itaipuaçu – Travessa Campos – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Avenida Roberto Silveira – Rodoviária do Povo de Maricá – Avenida Roberto Silveira – Rua Abreu Sodré – Avenida Vereador Francisco Sabino da Costa – Rua Abreu Rangel – Rua Domício da Gama – Rua Alferes Gomes – Avenida Nossa Senhora do Amparo – Avenida Ivan Mundin – Rua João Saldanha – Rua 12 – Avenida Central – Avenida Maysa – RJ-102 (Avenida Beira Mar) – Rua São Pedro Apostolo – Praça de Ponta Negra;
– Linha 3 – PONTA NEGRA x RECANTO (Via Cordeirinho)
– Praça de Ponta Negra – Rua São Pedro Apostolo – RJ-102 (Avenida Beira Mar) – Rua 114 – Avenida Beira da Lagoa – Rua 43 – Avenida Maysa – Rua 13 – Rua João Saldanha – Avenida Ivan Mundin – Rua Azamor José da Silva – Rua Padre Arlindo Vieira – Rua Clímaco Pereira – Rua Domício da Gama – Rua Senador Macedo Soares – Praça Conselheiro Macedo Soares – Avenida Roberto Silveira – Rodoviária do Povo de Maricá – Avenida Roberto Silveira – Rua Abreu Sodré – Avenida Vereador Francisco Sabino da Costa – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Retorno (KM 29) – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Retorno no Spar – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Travessa Campos – Estrada de Itaipuaçu – Avenida Carlos Marighella – Rua Professor Cardoso de Menezes (Terminal Rodoviário de Itaipuaçu) – Rua Van Lerbergue (antiga Rua 34) – Avenida Zumbi dos Palmares – Praça do Barroco – Rua Antônio Modesto de Sá – Rua João Goulart – Avenida do Canal – RJ-102 (Rua Eng. Domingos Barbosa) – Rua Barão de Macaúba (ponto final em frente à Escola Municipal João Monteiro);
Linha 4 – PONTA NEGRA x RECANTO (Via Manoel Ribeiro)
– Praça de Ponta Negra – Rua São Pedro Apostolo – RJ-118 (Estrada de Ponta Negra) – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Retorno no KM 28 – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Avenida Roberto Silveira – Rodoviária do Povo de Maricá – Avenida Roberto Silveira – Rua Abreu Sodré – Avenida Vereador Francisco Sabino da Costa – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Retorno (KM 29) – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Retorno no Spar – RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) – Travessa Campos – Estrada de Itaipuaçu – Avenida Carlos Marighella – Rua Professor Cardoso de Menezes (Terminal Rodoviário de Itaipuaçu) – Rua Van Lerbergue (antiga Rua 34) – Avenida Zumbi dos Palmares – Praça do Barroco – Rua Antônio Modesto de Sá – Rua João Goulart – Avenida do Canal – RJ-102 (Rua Eng. Domingos Barbosa) – Rua Barão de Macaúba (ponto final em frente à Escola Municipal João Monteiro);

A prefeitura também acredita que a frota pública vai obrigar a empresa Nossa Senhora do Amparo a melhorar os serviços.
O Blog Ponto de Ônibus não localizou nenhum representante da companhia de ônibus para se pronunciar.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Carioca perde mais de duas horas no transporte público por dia



Espera por ônibus, por exemplo é uma das mais demoradas: 41 minutos

O Rio de Janeiro é uma das cidades onde o usuário de transporte público perde mais tempo no trânsito: mais de duas horas por dia. A informação é de uma pesquisa realizada pelo aplicativo Moovit. O Rio com 184 minutos, atrás de São Paulo (138) e Nova York (149). Para piorar, o Rio é a cidade onde o usuário mais espera pelo transporte público, empatado com Los Angeles. São 41 minutos de espera, em média por dia. Para os cariocas, o mais frustrante é esperar sem sabem quando o ônibus ou o metrô chegará.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Produção de ônibus cai 15,9%: economia fraca e inseguranças em licitações

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus urbano. Queda acumulada entre janeiro e novembro na produção de ônibus é de 15,9%. O segmento que teve o pior desempenho foi o de ônibus urbanos, com baixa de 19,1%. Foto: Adamo Bazani.
Produção de ônibus acumula queda de 15,9% no ano.
O pior desempenho foi o de veículos urbanos, reflexo da economia lenta e das obras de mobilidade que não saíram do papel, além da insegurança de investimentos em alguns sistemas
ADAMO BAZANI – CBN
A produção de ônibus entre janeiro e novembro deste ano acumula queda de 15,9% em relação ao mesmo período de 2013.
Enquanto que neste período de 2014 foram montados 32.334 veículos de transportes coletivo, de janeiro a novembro do ano passado, a indústria produziu 38.466 ônibus.
Os dados são as Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e foram divulgados nesta quinta-feira, dia 04 de dezembro de 2014.
O segmento que apresenta o pior desempenho no ano, segundo os dados da entidade, é o de ônibus urbanos, com produção registrando queda acumulada de 19,1%. Entre janeiro e novembro deste ano foram feitos 26.072 urbanos contra 32.242 em semelhante intervalo de tempo no ano passado.
Já em relação aos ônibus rodoviários, o período entre janeiro e novembro de 2014 acumula uma ligeira alta de 0,6% com 6.262 unidades ante os 6.224 ônibus rodoviários do ano passado.
Há fatores macroeconômicos que podem explicar estes números, como a estagnação da economia brasileira ao mesmo tempo que a inflação e os juros da dívida pública crescem acima das metas da equipe do Ministério da Fazenda e do Banco Central.
Como ônibus não são apenas veículos e sim bens de capital, ou seja, produtos feitos para investidores, se o ritmo da economia como um todo estiver desaquecido, não haverá atividades que permitam um maior deslocamento de pessoas, tanto para o trabalho como para o lazer. Com uma menor demanda nas atividades econômicas em geral, menor também a disposição dos empresários em renovação de frota.
Mas no caso dos ônibus urbanos, há questões específicas que podem explicar porque o desempenho do maior segmento do mercado de transporte coletivo vai mal.
O setor diz ainda sentir o congelamento das tarifas, algumas cidades não reajustam as passagens desde 2011, por causa das manifestações de junho de 2013.
Mesmo com subsídios maiores, as empresas alegam que não há margem para grandes renovações de frota, já que estes complementos de receita servem apenas para absorver os aumentos de custos e, muitas vezes, não são suficientes para investimentos maiores. Isso sem contar que nem todos os sistemas contam com subsídios apesar do congelamento das tarifas.
Problemas relacionados a licitações de grandes e médios sistemas também influenciam nos números de renovação, venda e produção de ônibus em todo o País. Na Capital Paulista, onde circulam aproximadamente 15 mil ônibus e micro-ônibus, a licitação que exigiria renovação da frota, deveria ocorrer em 2013. Após as manifestações que cobravam mais transparência do poder público, foi contratada uma auditoria sobre as contas do sistema que deve ter o último relatório divulgado na semana que vem. Só após a análise deste relatório é que deve ser elaborado o edital. A licitação prevista para 2013, só deve ficar pronta em 2015. Com isso, uma renovação mais intensa foi adiada também. Já em relação a sistemas menores, como de Mauá, na Grande São Paulo, as dúvidas em relação à transparência do poder público afugentaram investidores. Após um processo polêmico de descredenciamento de operadores de transportes, foi realizada uma licitação que pelo histórico da relação da prefeitura com novos investidores que não eram os velhos empresários do ABC Paulista, atraiu poucos interessados. Não bastasse toda a insegurança que o poder público em Mauá ofereceu ao mercado, a meta de colocar 248 ônibus novos em 2014, não foi cumprida conforme prometeu o prefeito. O problema é que, de acordo com os profissionais do setor, Mauá é um exemplo de caso. Ou seja, as dúvidas em relação à isenção do poder concedente em Mauá num processo licitatório são semelhantes em várias outras cidades do País.
O atraso nas obras de mobilidade urbana prometidas até a Copa do Mundo, em junho, também influenciaram no desempenho dos ônibus urbanos no mercado. Sem a conclusão de novos sistemas, em especial de BRTs – Bus Rapid Transit, que são corredores exclusivos que possibilitam trânsito rápido de ônibus, não é possível comprar veículos urbanos mais qualificados e indicados para estes espaços. Também não houve condições para a compra de ônibus mais simples, alimentadores destes sistemas.
MÊS A MÊS:
De acordo com a Anfavea, entre outubro e novembro deste ano, a queda na produção de ônibus foi de 31,6%. Em outubro, a indústria produziu 2.695 ônibus e em novembro a queda foi para 1.844 unidades. Na comparação ente os dois meses, a queda maior ficou com os modelos rodoviários, que ainda acumulam pequena alta no ano. No mês passado foram feitos 407 rodoviários e no mês retrasado foram produzidos 976. Isso significa perdas de 58,3%.
Entre outubro e novembro, a queda nos números de fabricação de ônibus urbanos foi de 16,4%, com 1.437 urbanos montados em novembro ante 1.719 no mês anterior.
Já na comparação entre novembro deste ano e novembro do ano passado, a queda de produção foi de 44,4%. Enquanto em novembro de 2014, a indústria montou 1.844 ônibus, no mesmo mês de 2013 foram 3.315 veículos.
MARCAS:
Em relação ao ranking das marcas, a Anfavea traz os números referentes aos licenciamentos entre janeiro e novembro. No geral, houve queda de 15,2% nos licenciamentos de ônibus com 25.207 veículos ante os 29.721 ônibus vendidos nos onze meses do ano passado.
A Mercedes-Benz continua na liderança seguida da MAN/Volkswagen:
1) Mercedes- Benz: 11.759 ônibus licenciados, queda de 4% em relação ao período entre janeiro e novembro do ano anterior
2) MAN/Volkswagen Caminhões e Ônibus: 6.102 ônibus licenciados, queda de 25,7% em relação ao período entre janeiro e novembro do ano anterior
3) Agrale (incluindo os miniônibus Volare): 4.127 ônibus licenciados, queda de 22% em relação ao período entre janeiro e novembro do ano anterior
4) Volvo: 1.568 ônibus licenciados, alta de 4,3% em relação ao período entre janeiro e novembro do ano anterior
5) Scania: 984 ônibus licenciados, queda de 4,6% em relação ao período entre janeiro e novembro do ano anterior
6) Iveco: 615 ônibus licenciados, queda de 56,2% em relação ao período entre janeiro e novembro do ano anterior
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes