quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Trólebus Volksbus começam a operar em São Paulo

Pela primeira vez, quem vive na cidade de São Paulo pode se locomover utilizando trólebus equipados com chassis Volksbus. Dez unidades do modelo 17.280 piso baixo, equipados com motor elétrico traseiro, já começaram a rodar na zona Leste da cidade operados por meio da empresa Ambiental Transportes, que integra o sistema de transporte público da maior cidade brasileira.
As áreas de Marketing do Produto, Engenharia de Desenvolvimento e Engenharia Elétrica da MAN Latin America, que fabrica os caminhões e ônibus VW, trabalharam durante seis meses para desenvolver o chassi adequado a este tipo de aplicação. Para a fabricação dos novos trólebus, o motor e a caixa de câmbio são removidos e os chassis Volksbus piso baixo são fornecidos com eixos e relação de diferencial adaptados à operação. Junto com o chassi, um módulo eletrônico que faz a interface com o novo sistema de tração elétrica e chicotes elétricos são entregues aos fornecedores envolvidos na operação.
Para a fabricação dos novos trólebus, foi necessária a parceria da MAN Latin America com as empresas brasileiras Induscar, fabricante das carrocerias Caio, e a Eletra, responsável pela tração elétrica das unidades. O chassi Volksbus sai diretamente da fábrica de Resende e vai direto para o encarroçador. Após a colocação da carroceria, a unidade é enviada à Eletra para finalizar o processo. São necessários aproximadamente 180 dias para a fabricação de um novo trólebus.
“Nossa preocupação foi a de desenvolver um chassi que faça a melhor interface com os sistemas utilizados pelos fornecedores envolvidos na operação, além de disponibilizar no mercado de ônibus brasileiro um produto competitivo que atenda às necessidades deste negócio”, comenta Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America.
Segundo Alouche, a empresa pretende ampliar as vendas de chassis para trólebus uma vez que hoje, com as novas tecnologias empregadas e a manutenção e modernização da infraestrutura elétrica do sistema, o produto já é considerado umas das melhores alternativas ao uso do diesel de petróleo no transporte coletivo. “Nossos clientes buscam cada vez mais por soluções amigáveis ao meio ambiente. Somos pioneiros em algumas delas e agora, com os chassis para trólebus, oferecemos mais uma alternativa aos frotistas”.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Rio anuncia plano de contingência para panes em transportes

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus no Rio de Janeiro. Agetransp e concessionárias de serviço de transportes anunciaram a elaboração de um Plano de Contingência Integrado. Entre as medidas está a criação de um bilhete para os dias de panes que pode ser usado em qualquer meio de transporte.
Rio cria plano de contingência para panes nos transportes
Entre as medidas está a adoção de um bilhete nos casos de emergência que vai ser aceito em todos os modais
ADAMO BAZANI – CBN
A Agetransp – Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro – anunciou nesta terça-feira, dia 25 de fevereiro de 2014, a criação de um plano de contingência em caso de pane em serviços de transportes públicos.
O plano foi elaborado em conjunto com a SuperVia, operadora dos trens, com o Metrô Rio e com a Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, que reúne as companhias de ônibus.
O Plano de Contingência Integrado prevê que ações previamente elaboradas em caso de interrupções ou falhas nos serviços cuja normalização demore mais que 30 minutos.
Entre as medidas está a criação de um bilhete que será distribuído nos dias que ocorram os problemas e que pode ser usado em qualquer meio de transporte como trens, barcas, metrô, ônibus municipais e ônibus intermunicipais.
O bilhete Siga-Viagem já está disponível a partir desta quarta-feira, dia 26 de fevereiro de 2014.
Nos primeiros 60 dias, os passes serão de papel, sendo depois trocados por cartões magnéticos com chips.
As empresas operadoras de transportes têm até 30 dias para apresentarem à Agetransp os detalhes das ações planejadas.
O órgão diz que o plano de contingência não substituições e as medidas e manutenções preventivas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Governo do Paraná anuncia subsídios de R$ 80 milhões para a RIT neste ano

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus Marcopolo Torino
Ônibus na Região Metropolitana de Curitiba. O governador do Paraná, Beto Richa, anunciou subsídios de R$ 80 milhões em 2013 e a renovação do convênio entre Estado e a cidade de Curitiba para manutenção da integração tarifária nos municípios que formam a RIT. Foto: Sídnei Stujak.
Curitiba e Região Metropolitana vão receber R$ 80 milhões em subsídios para os transportes coletivos
Anúncio foi feito neste domingo pelo governador Beto Richa. Expectativa é para licitação dos serviços na região metropolitana
ADAMO BAZANI – CBN
O governador do Paraná, Beto Richa, anunciou neste domingo, dia 23 de fevereiro de 2014, que os transportes coletivos de Curitiba e das 13 cidades da região metropolitana, que foram a RIT – Rede Integrada de Transporte – vão contar com R$ 80 milhões provenientes de recursos estaduais neste ano.
Com isso, a integração entre as linhas municipais de Curitiba e os ônibus metropolitanos com origem nas outras cidades está garantida.
Beto Richa disse que vai ser mantido o convênio entre a gerenciadora municipal Urbs – Urbanização de Curitiba S.A. e a Comec- Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, autarquia do Governo do Estado.
Segundo o governador, é o maior subsídio da história. “Foram R$ 63 milhões em 2012 para Curitiba e RMC– Região Metropolitana de Curitiba. Em 2013, R$ 76,6 milhões (Curitiba e RMC) e R$ 20 milhões de isenção do diesel para mais 20 cidades. E agora são R$ 80 milhões (para Curitiba e RMC) e R$ 20 milhões (isenção fiscal sobre diesel para 20 cidades). Os subsídios já somam R$ 259,6 milhões”. Além do pagamento de R$ 10 milhões em janeiro e fevereiro, o Governo contabiliza a desoneração do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços do óleo diesel mais os pagamentos diretos de R$ 5 milhões à Urbs para chegar ao número de R$ 80 milhões.
Os subsídios incidem diretamente sobre a tarifa-técnica que se refere aos custos do sistema. Esta tarifa é hoje de R$ 2,99. Conforme contrato de licitação de 2009/2010 com as empresas da capital paranaense, a tarifa técnica deve ser revisada uma vez por ano e entrar em vigor em 26 de fevereiro. Já a tarifa paga pelos passageiros, chamada também de tarifa social, é de R$ 2,70.
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, disse na semana passada que os subsídios são necessários para manter as integrações, já que se fossem levados em consideração somente os serviços na capital, a tarifa de R$ 2,70 seria suficiente para cobrir os custos, sem a necessidade de injeção de recursos extras.
O TCE – Tribunal de Contas do Estado do Paraná, após auditoria, sugeriu que com um novo modelo de cálculo, a tarifa técnica de ônibus poderia ser reduzida em R$ 0,43. O fim da taxa de gerenciamento de 4% à autarquia gerenciadora de transportes Urbs e o uso do valor mais baixo da tabela da ANP (Agência Nacional do Petróleo) em vez do valor médio para determinar o peso do diesel nas tarifas são algumas das sugestões da auditoria.
As companhias de ônibus, representadas pelo Setransp -Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Curitiba e região Metropolitana, conseguiram barrar na Justiça provisoriamente a determinação para a redução nas tarifas.
O pedido de liminar feito pelas empresas de Curitiba e Região Metropolitana foi atendido pelo desembargador Marques Cury, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
O TCE sugere também uma nova licitação para o sistema de Curitiba. Segundo o órgão, há indícios de direcionamento do certame para que fosse mantida uma espécie de “cartel” nos transportes da capital e região metropolitana. Somente a família Gulin controla 87,06% dos transportes na Capital Curitiba e nos municípios da Região Metropolitana. A família Gulin atua nos transportes de Curitiba e região desde 1949.
O prefeito Gustavo Fruet diz que aguarda um posicionamento definitivo do TCE sobre o relatório que sugere uma nova licitação na Capital.
Enquanto o processo licitatório de Curitiba realizado em 2009/2010 é alvo de discussão, para a região metropolitana a expectativa é quanto à realização da primeira licitação nas cidades que formam a RIT.
O regime atual é de concessão para exploração das linhas. A renovação é automática, o que contraria a Constituição Federal de 1988 que determina que as prestadoras privadas de serviços públicos, como empresas de ônibus, sejam contratadas após concorrência, como licitação, com prazo determinado para o final do contrato e mais exigências.
A licitação na região metropolitana deve prever a integração com os ônibus da Capital.
Essa integração tarifária na RIT foi implantada gradativamente desde 1996. A última cidade a implantar foi Fazenda Rio Grande, em 2000. Em 2012, Bocaiúva do Sul, que tinha integração desde 1997, passou a ter tarifa unificada com a RIT. Antes da unificação, os passageiros que iam de Bocaiúva do Sul para Curitiba pagavam mais caro. E na volta, de Curitiba para Bocaiúva do Sul, a tarifa era menor, a mesma da RIT.
Confira quando foram implantadas as integrações tarifárias entre a capital Curitiba e 13 cidades da região metropolitana:
05/04/1996: Almirante Tamandaré
11/05/1996: Pinhais
17/07/1996: São José dos Pinhais
20/07/1996: Araucária
20/07/1996: Contenda
21/09/1996: Colombo
06/03/1997: Campo Magro
12/04/1997: Campo Largo
01/07/1997: Bocaiúva do Sul
19/04/1998: Rio Branco do Sul
19/04/1998: Itaperuçu
01/07/1999: Piraquara
02/09/2000: Fazenda Rio Grande
A RIT foi criada inicialmente no município de Curitiba nos anos de 1980. Em 1986, a Urbs passou a gerenciar o sistema de transportes Curitiba.
Segundo a Urbs, na Capital e Região Metropolitana são transportados diariamente 2,3 milhões de passageiros numa frota de 1 mil 920 ônibus. São 355 linhas de ônibus.
Já a desoneração do ICMS sobre o óleo diesel, segundo o Governo do Estado, atende a 21 municípios, incluindo as 13 cidades da RIT: Curitiba, Campo Largo, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Paranaguá, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Bocaiúva do Sul, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Campo Magro, Almirante Tamandaré, Colombo, Araucária, Contenda, Pinhais e Piraquara.
EMPRESA DE FAZENDA RIO GRANDE DIZ TER AMPLIADO NÚMERO DE VIAGENS:
Passageiros de Fazenda Rio Grande, na região Metropolitana de Curitiba, contam desde a semana passada com 75 viagens a mais em cinco linhas municipais.
A Viação Nobel, do Grupo Leblon Transporte, aumentou a oferta de serviços nas ligações de maior demanda.
O coordenador de tráfego, Nabor de Anunciação, diz que a empresa atende a uma solicitação dos moradores da cidade.
“ Atendemos a esta demanda dos passageiros e realizamos constantes estudos para nos antecipar quando vemos que será preciso ampliar a oferta de serviços. Numa empresa de ônibus tudo é muito dinâmico e temos de acompanhar de perto o crescimento da cidade” – disse Nabor.
As linhas que contam agora com mais horários disponíveis para os passageiros são:
F13 Estados – Terminal de Integração Fazenda Rio Grande: 4 tabelas a mais.
F14 Santa Maria – Terminal de Integração Fazenda Rio Grande: 8 tabelas a mais.
F15 Gralha Azul – Terminal de Integração Fazenda Rio Grande: 10 tabelas a mais.
F16 Nações – Terminal de Integração Fazenda Rio Grande: 4 tabelas a mais.
F25 Jd Veneza – Terminal de Integração Fazenda Rio Grande: 4 tabelas a mais.
O assessor de tráfego do Grupo Leblon, Silvonei Tedeschi, explica que as mudanças realizadas pela Viação Nobel significam na prática mais ônibus à disposição da população e redução no tempo de espera nos pontos.
“A Linha F13 Estados tem agora um ônibus a mais linha que opera o dia inteiro. Antes eram 50 viagens que passaram a ser 67 no total. O intervalo de 40 minutos por viagem caiu para 21 minutos. Já a Linha F14 Santa Maria tem agora dois carros extras para atender nos horários de pico. Antes eram 41 viagens contra 49 viagens agora e os intervalos nos horários de pico foram reduzidos de 20 minutos para 13 minutos. Na Linha F15 Gralha Azul houve acréscimo de 37 viagens durante todo dia . Agora são mais três carros o dia todo, com intervalos por viagem caindo de 20 minutos para 13 minutos. A Linha F25 Jardim Veneza tem um carro a mais durante todo o dia. De 50 viagens a oferta subiu para 63 viagens, com redução de intervalo de 40 minutos para 20 minutos” – explicou.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Algumas curiosidades sobre a Ciferal

Fonte: Mais Ônibus


*Suas razões sociais já foram Companhia Industrial de Ferro e Alumínio Ltda., Ciferal Comércio e Industria S/A, Ciferal Comércio Industrial e Participações S/A e Ciferal Indústria de Ônibus Ltda.

*Foi fundada em 1955 pelo imigrante austríaco Fritz Weismann. Fritz também tinha experiência em carpintaria e artes plásticas.

*Sua antiga fábrica deu lugar à Guanabara Diesel, em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. Após sair da capital, foi para as antigas instalações da Fábrica Nacional de Motores em Xerém, distrito de Duque de Caxias-RJ.

*Foi estatizada pelo governo de Leonel Brizola nos anos 80. Logo após, foi adquirida por empresários do ramos de transportes, clientes da Ciferal, e posteriormente foi comprada pela Marcopolo.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Empresas de ônibus culpam a imprensa por “incentivar” ataques a coletivos em São Paulo

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Jornalistas registram momento em que ônibus estava queimando. Para viações, imprensa incentiva ataques ao noticiar as ações criminosas, mas quando o assunto foi investir, donos de ônibus e lotações recuaram e disseram que a proposta da PM para a colocação de câmeras de segurança nos veículos seria cara e de pouca eficácia. PM descarta sugestão para que policiais façam interlocução com jornalistas quando ocorrerem as ações criminosas.
Empresas rejeitam câmeras para combater série de ataques a ônibus e responsabilizam imprensa por incentivar as ações
Em reunião com o promotor de Justiça Saad Mazloum, representantes de cooperativas e viações querem que PM destaque um interlocutor para os jornalistas. Corporação descartou a possibilidade de interlocução
ADAMO BAZANI – CBN
Para as empresas e cooperativas de transportes coletivos da cidade de São Paulo é culpa da imprensa o incentivo aos ataques aos veículos, que neste ano, já somam mais de 40 somente na Capital Paulista.
Em reunião com o promotor de Justiça do Patrimônio Público, Saad Mazloum, que em 2008 abriu um inquérito para apurar a qualidade dos transportes da cidade e denunciou o Consórcio Leste 4 por maus serviços e suspeita de desvios de recursos, os representantes dos sempre tão “escondidos” donos de ônibus disseram que quando os jornalistas noticiam os ataques acabam “incentivando” outras ações e dão “visibilidade” aos criminosos que incendiaram os coletivos.
As empresas dizem que se referem às coberturas chamadas por elas de “sensacionalistas”.
Mas quando o assunto foi mexer no bolso, os donos de viações e de lotações se eximiram. Eles afirmaram que não devem instalar câmeras de segurança, já que a medida seria “pouco eficaz” e extremamente cara para equipar os 15 mil ônibus e micro-ônibus municipais de São Paulo.
A instalação dos equipamentos foi sugestão da própria Polícia Militar.
Ainda em relação à imprensa, as companhias de ônibus querem que a PM sempre destaque um interlocutor para os jornalistas quando acontecerem novos ataques.
O objetivo é fazer com que este policial fale das ações preventivas, medidas de combate aos incêndios e de segurança para desestimular os atos criminosos.
O comandante-geral da PM de São Paulo, Benedito Meira, rechaçou a ideia dos empresários e dos perueiros e disse que este papel de interlocução não cabe à Polícia Militar.
Ele entende que alguns tipos de coberturas jornalísticas podem incentivar as ações criminosas, mas que a imprensa deve ser livre.
Os empresários de ônibus se esqueceram, no entanto, que foi a preocupação da imprensa em divulgar os incêndios que acabou ajudando na abertura de portas para eles mesmos cobrarem de maneira mais enfática as autoridades para que este problema seja resolvido.
A informação sobre um ataque a ônibus é utilidade pública. Pode prevenir o cidadão comum a não ir para determinado bairro logo em seguida ao ataque e buscar formas alternativas para se deslocar. Também ajuda o passageiro em caso de paralisações de trabalhadores do setor em protesto legítimo contra a violência e até mesmo quando as linhas são encurtadas, muitas vezes, por ordem velada da própria empresa de ônibus que teme destruição de mais patrimônio. Cada ônibus custa em média R$ 500 mil, sendo que modelos articulados e biarticulados têm valores que giram em torno de R$ 1 milhão.
É certo que a imprensa não deve “glamourizar” o bandido e as ações criminosas. Mas ela não deve jogar para “baixo do tapete” uma realidade que é problema de polícia, mas não só de segurança e envolve áreas como educação, infraestrutura, saúde e melhor geração de oportunidades de emprego e renda. Afinal, muitos ataques são ordenados pelo crime organizado, mas outros são promovidos por vândalos ou criminosos que agem isoladamente e têm como pano de fundo ou oportunidades de ação, as várias manifestações para a melhoria da qualidade de vida.
As empresas querem também mais policiamento preventivo e que as ações de incêndio a ônibus sejam tipificadas em crimes cujas penas são maiores, como formação de quadrilha ou bando e tentativa de homicídio, dependendo do caso.
Agora, se as empresas acham que terá pouco efeito a instalação de câmeras, mais inútil ainda é tentar determinar como a imprensa deve se portar. Afinal, os donos de empresas precisam fazer mais sua parte, como treinar o motorista e cobrador melhor de como deve agir em caso de ataques e dar mais amparo aos profissionais de transportes que sofrem as ações criminosas, muitos dos quais, acabam quase sem respaldo humano da viação e não conseguem mais ter uma vida normal.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Governo do Estado autoriza execução dos projetos do BRT Arujá – Ferraz de Vasconcelos

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus metropolitano em Arujá. Governo do Estado de São Paulo autoriza a execução dos projetos para o Corredor BRT Arujá – Ferraz de Vasconcelos. Espaço exclusivo para o transporte coletivo deve ter 20,9 quilômetros de extensão e vai contar com estrutura de corredor moderno do tipo BRT. Obras devem ser concluídas em 2016. Devem servir a ligação, 67 ônibus, dos quais 55 vão ser articulados.
Estado de São Paulo autoriza execução de projetos para BRT Arujá – Ferraz
Obras devem começar no ano que vem e ser concluídas em 2016
ADAMO BAZANI – CBN
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou nesta quinta-feira, dia 13 de fevereiro de 2014, autorização para que sejam executados os projetos do corredor metropolitano de ônibus que vai ligar a cidade de Arujá a Ferraz de Vasconcelos, passando por Itaquaquecetuba e Poá, todas na Grande São Paulo.
Os projetos-executivos vão custar R$ 10,4 milhões e vão determinar o uso dos recursos para obras, o traçado do corredor e os métodos empregados para a construção, entre outros pontos.
O corredor vai ser construído pelo Consórcio BRT Arujá, formado pelas empresas Vetec e Walm.
Para a construção do corredor exclusivo, o governo do Estado de São Paulo diz que vai realizar investimentos de R$ 336 milhões.
O corredor vai ter 20,9 quilômetros de extensão. A estrutura será de BRT – Bus Rapid Transit e vai contar com separação real do transporte coletivo em relação aos demais veículos no trânsito. Em vez de pontos, terá estações com piso no mesmo nível do assoalho do ônibus, oferecendo acessibilidade, com painéis informando linhas e horários e sistema de pré-embarque, cujo pagamento da tarifa se dá antes da chegada do coletivo, agilizando a entrada nos ônibus.
As obras devem começar no ano que vem e têm conclusão prevista para 2016.
O ano de 2016 coincide com o fim dos contratos assinados na licitação 2006 da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. Apenas a área 5 da EMTU, correspondente ao ABC Paulista não foi licitada por pressão dos empresários de ônibus do ABC e opera em desacordo com a Constituição Federal de 1988, que determina que os serviços públicos prestados por empresas privadas sejam contratados por licitação.
Com as obras terminando em 2016 e a licitação devendo ocorrer neste mesmo ano, os operadores no novo corredor já devem iniciar os serviços com novos contratos.
O Governo do Estado acredita que com corredor, o tempo de viagem no transporte público entre Arujá e Poá deve ser reduzido em aproximadamente 30 por cento.
Por dia, devem ser transportados 47 mil passageiros. A previsão é de que circulem pelo corredor BRT Arujá – Ferraz de Vasconcelos 65 ônibus, dos quais 55 serão articulados, com maior capacidade de passageiros. Também devem operar ônibus urbanos de três eixos, com 15 metros de comprimento, maiores que os ônibus convencionais que têm entre 12 metros e 13,2 metros de comprimento.
ESTAÇÕES DA CPTM:
Até novembro devem estar concluídas as obras nas estações Poá, Suzano e Ferraz de Vasconcelos da Linha 11 Coral da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
A licitação para a construção da nova estação da CPTM Antônio Gianetti, na cidade de Ferraz de Vasconcelos, deve ser definida até este sábado, segundo o governo do Estado.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Svelto é primeiro modelo da Comil fabricado em Lorena

Foi apresentado ao público nesta quarta-feira (29) o primeiro ônibus produzido pela Comil em sua nova fábrica instalada na cidade de Lorena, interior de São Paulo. Uma cerimônia especial registrou a entrega da unidade modelo Svelto à empresa Samaúma Locadora (PA), marcando oficialmente o início da produção da planta, considerada a mais moderna da América Latina.
A solenidade contou com a presença de diretores da Comil, autoridades da região e representantes do cliente paraense. Inicialmente, os convidados realizaram uma visita guiada pela linha fabril, a qual foi planejada para produzir ônibus urbanos com alta qualidade, equipada com sistema de manufatura totalmente automatizado e inovador para o seu segmento. Após, o público participou de almoço e, na sequência, ocorreu a entrega oficial do veículo. “Este ônibus representa o início de uma nova fase, tanto para nós da
Comil quanto para o mercado de transporte e à cidade de Lorena. Temos aqui um movimento de inovação que, somando tecnologia de ponta e um altíssimo padrão de qualidade, propõe o desenvolvimento e a inquietação na busca pelo melhor”, comenta Silvio Calegaro, CEO da Comil.
Montado sobre chassis Volkswagen 15-190 EOD Euro 5, o Svelto entregue à Samaúma Locadora é o primeiro em uma série de cinco unidades encomendadas pela companhia paraense, que já possui em sua frota cerca de 100 veículos da marca Comil. Os novos ônibus foram fabricados em Lorena e irão atuar no transporte de trabalhadores da Usina de Belo Monte no município de Altamira, onde a Samaúma é considerada a maior empresa de fretamento.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O perigo dos caminhões basculantes

“Por incrível que pareça são frequentes os ‘atropelamentos’ de passarelas e viadutos por basculante andando com a caçamba levantada.” O alerta mais do que atual é do engenheiro mecânico Rubem Penteado de Melo, em artigo publicado no site da Revista Carga Pesada em 24 de janeiro de 2012.
Dois anos e quatro dias depois , uma carreta com caçamba levantada derrubou, na manhã da terça-feira (28), uma passarela com 94 toneladas, na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, matando cinco pessoas – três ocupantes de veículos que estavam na pista e dois pedestres que estavam na passarela. O caminhoneiro, que não poderia estar circulando na pista naquele horário (proibido para caminhões), feriu-se, foi internado e disse à Polícia que não havia percebido a caçamba levantada.
Vale a pena repetir o artigo de Rubem Melo, cujo foco é o perigo de a caçamba tombar parada, na hora do descarregamento. Aproveite as dicas de segurança.

Cuidados extras com basculantes
Além de todos os riscos nas rodovias, alguns tipos de caminhões pedem ainda cuidados especiais no carregamento e descarregamento, como no transporte de produtos perigosos, silos de cimento e especialmente os basculantes.
Agrava-se a situação, porque boa parte da frota de basculantes trafega com a manutenção precária, e como são praticamente “veículos urbanos”, ou seja, não passam pelos controles de pesos das rodovias, acabam exagerando na carga, aumentando ainda mais os riscos de acidentes.
Mas tem uma característica extremamente perigosa nas caçambas: elas podem tombar paradas, durante o descarregamento. E isso é muito fácil de acontecer.
Especialmente nesse momento do Brasil Canteiro de Obras, pré-Copa, pré-Olimpíada, etc., onde garimpa-se desesperadamente por caminhoneiros, e nem pensar em treiná-los antes de dirigir o Bruto, vamos ver muita caçamba tombada.
Por isso, além de manutenção mecânica rigorosa, é oportuno passar às medidas preventivas para a operação:
- Assegurar que as cargas são carregadas uniformemente em todo comprimento e largura da caçamba (não carregar + de um lado);
 - A carga é úmida e propensa a grudar? Os riscos serão maiores;
 -  A carga deve estar dentro dos limites legais (pela “Lei da Balança”);
 - As áreas ao redor do veículo devem ser isoladas;
 - Sempre bascule sobre terreno firme e nivelado. Nunca em terreno inclinado, aclives ou declives;
 - Certifique-se que a porta traseira está aberta antes de bascular;
 - O motorista deve ficar na cabine, enquanto bascula;
 - Esteja atento a obstruções elevadas: rede elétrica, cabos, postes, etc;
 - Mantenha pessoas afastadas durante basculamento;
 - Nunca bascule durante ventos fortes;
 - Alinhe o conjunto cavalo-carreta antes de iniciar a descarga;
 - Se a carga não descer, não dê trancos com a caçamba levantada;
 - Se o veículo começar a virar, prepare-se forçando o corpo contra o encosto do banco, e segure-se firmemente ao volante. Nunca tente pular para fora da cabine.
Uma vez descarregada, o condutor deve certificar-se que a caçamba está abaixada antes de retornar a viagem. Por incrível que pareça são frequentes os “atropelamentos” de passarelas e viadutos por basculante andando com a caçamba levantada.

FONTE: Carga Pesada