Fonte: Paraná Online

De acordo com o endocrinologista Henrique Suplicy, os obesos têm maior propensão a desenvolverem a chamada apneia do sono. “A apneia do sono é uma condição em que a pessoa para de respirar durante a noite e superficializa o sono. Como ela não descansa direito durante a noite, acaba afetando o sono durante o dia, o que prejudica o trânsito”, comenta.
Suplicy discorda do método utilizado pelo Detran. “Não vejo vantagem em diminuírem a validade da carteira, pois se a pessoa permanece obesa, permanece com apneia. Se está na mesma condição, revalidar não faz a mínima diferença”, avalia. Para diagnosticar a apneia é necessário um exame chamado polissonografia. “A pessoa precisa ir ao laboratório e dormir lá para avaliar a qualidade do sono. Não vejo como o Detran possa exigir esse exame, pois é economicamente inviável”, destaca.
O endocrinologista acredita ainda que o IMC não seja um bom parâmetro para essa avaliação. “Existem outras condições, como se a condição do pescoço é mais curta, gordura na região cervical. Existem grandes obesos que não têm apneia e pessoas com peso relativamente pequeno que possuem”, complementa Suplicy.
Já a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Paraná, Gisah Amaral de Carvalho, considera a medida positiva, pois seria um meio de verificar a saúde do paciente com maior frequência. “A medida é boa, porque o paciente que tem obesidade está mais sujeito a outras comorbidades, como a hipertensão e a diabetes, e precisa ter avaliação em intervalos menores”, afirma.
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