Fonte: Mobilidade em Foco
Matéria / Texto: Carlos Alberto Ribeiro
Fotos: Divulgação
“Será que a Iveco do Brasil, que tem cada vez mais diversificado o seu portfólio de produtos, inclusive os de chassis pra ônibus, pretende lançar aqui o sofisticado Magelys? Potencial de mercado que garanta a viabilidade comercial e o retorno gradativo do investimento o país tem, basta ter preço condizente”.
Construído o protótipo inicial, seguindo as normas pertinentes que regem a construção de carrocerias de ônibus na Europa, o mesmo foi submetido a 118 mil quilômetros de estrada, rodando nas mais diversas configurações de estradas, pavimentadas e de piso misto, além de enfrentar climas diferentes, desde o rigor do inverno europeu ao verão escaldante. O objetivo foi o de avaliar o conjunto chassi/carroceria nas mais diversas configurações de piso para obter dados da rigidez estrutural, nível de ruído, durabilidade mecânica, funcionamento da parte eletrônica e interação do motorista com o cockpit do carro. Tudo feito, todas as etapas de avaliação vencidas, 35 milhões de Euros investidos no desenvolvimento das versões HD (dois eixos) e HDH (três eixos), eis que foi então apresentado ao mercado o Magelys, um ônibus que sintetiza a capacidade técnica, e a capacidade da engenharia da Irisbus Iveco.
As linhas externas não seguiram tendências, mas visou promover uma revolução nos conceitos de design de carrocerias. O formato arredondado da área frontal visou criar a sensação de uma viagem em uma redoma de vidro. A visão proporcionada pelas janelas laterais excede a de qualquer outro ônibus do mercado, privilegiando a vista panorâmica externa. Essas janelas, além de serem amplas, ainda contam com outras janelinhas acima delas, de formato curvo, que avançam sobre o teto do ônibus, criando uma amplitude de visão que são únicas no mercado. Nenhuma outra carroceria disponível no mercado oferece tal grau de visão do ambiente externo. O nome Magelys foi inspirado na astronomia, mais exatamente na Nuvem de Megallan. Se o nome já é mágico, o passageiro ao adentrar no veículo logo percebe a atenção que foi dada a ele no desenvolvimento desse ônibus.
Se para o passageiro o Magelys já é ousado, para o motorista e o empresário ele não deixa por oferecer menos.
O cockpit do motorista também é ousado, com um cluster de instrumentos sofisticado, com todos os botões e controles necessários para operar o veículo posicionados de forma ergonomicamente correta. O conjunto do cockpit, cluster de instrumentos e console cria a sensação de pilotar uma nave espacial ou um avião de última geração, tal a sua sofisticação. Seu powertrain (trem de força) é composto pelo motor Cursos 10 SCR, seis cilindros e 450 cv de potência, construído de acordo com a Norma Euro 5. Potência similar aos engenhos de força mais potentes da Volvo e Scania no Brasil. No entanto, sua transmissão automatizada de 12 velocidades supera as versões oferecidas no Brasil pela Mercedes, Volvo e Scania, que chegam, no máximo, a sete marchas.
Numa coisa peca o Magelys, que é na largura da carroceria, 2,55 metros, cinco centímetros a menos em relação aos ônibus similares fabricados no Brasil. Quanto aos itens de segurança de série, não opcionais, o projeto contempla o sistema ABS, ASR e ESP, além de faróis Bi-Xenon, este último, não disponível para ônibus no Brasil.
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